segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Médicos cubanos são como pimenta nos olhos e no SUS dos outros: viram refresco!!
Infelizmente, o que era especulação virou realidade: médicos de vários países, entre eles os cubanos, chegam ao Brasil para atuar em nosso país, sem qualquer exame ou validação do diploma!!Farão apenas um treinamento,e realizarão algumas provas básicas.
Quando esta decisão de importar médicos para o Brasil foi anunciada pelo Sr. Alexandre Padilha, Ministro da Saúde, houve reação da classe médica e de grande parte da população brasileira mais esclarecida, principalmente porque ele e o governo apresentaram uma indecente proposta de aumentar em dois anos a graduação, obrigando os estudantes, nesse período, a atuar no sistema público de saúde. E se isto não ocorresse, estes alunos não teriam seu diploma...
Com a reação negativa dos brasileiros perante esta decisão, principalmente nas redes sociais, o governo fingiu que recuou, mas na verdade só ganhou tempo, e arquitetou e executou seu plano principal: importar os cubanos através do Programa "Mais Médicos"!! Este programa, que o governo criou, traz o falso conceito de que serve para incentivar a interiorização dos médicos brasileiros. Tudo "balela"!! A começar pelos dois pesos e duas medidas: os nossos brasileiros não podem exercer a medicina em nenhum país se o seu diploma não for validado por lá, mas os que aqui chegam, os estrangeiros, estarão amparados pelo nosso governo a exercerem a medicina, com pouca ou quase nenhuma obrigação.
Como disse Reinaldo Azevedo em seu Blog sobre Análises políticas, "O contrato do governo brasileiro com médicos espanhóis, portugueses ou de qualquer outro país é celebrado com cada profissional. No caso dos cubanos, o pagamento será enviado à ditadura cubana, que, então, se encarregará de pagar os profissionais — que continuarão a obedecer às ordens daquele regime. É um escândalo: o Brasil pagará R$ 10 mil por médico, e Cuba repassará a cada profissional quanto bem entender — na Venezuela, era quase uma ajuda de custo. Os familiares dos profissionais que foram “exportados” para o regime de Chávez, por exemplo, ficaram na própria ilha, para impedir a deserção. O mesmo acontecerá com os que vierem para o Brasil — até porque eles não teriam como sustentá-los aqui. A ilha comunista transformou seus médicos numa fonte de renda. Entre trabalhar por uma ração em seu país e a chance de ganhar algum dinheiro, ainda que miserável, no exterior, preferem a segunda opção...Vamos ver como vai atuar o Ministério Público do Trabalho no Brasil. O trabalho similar à escravidão não pode ser exercido em solo brasileiro por nativos ou por estrangeiros. O fato de Cuba escamotear essa prática com o manto da ideologia, ou sei lá do quê, não muda a sua essência. Na Venezuela e no Brasil, a forma de contratação dos médicos viola a Convenção 29 da Organização Internacional do Trabalho."
Concordo em gênero, número e grau com o contexto bem escrito por Reinaldo. A solução imposta pelo Ministro e o governo para conter o caos na saúde brasileira, que inclui a falta de médicos em alguns locais do Brasil, é na verdade, uma manobra política pra trazer os médicos cubanos para cá, e reforçar os laços idealistas e de política do atual governo brasileiro com Cubano. Ao meu ver, é compactuar com a escravidão praticada naquele país, só que agora em território brasileiro. E tudo isto sendo justificado pelo governo, como uma ação pra atender a população carente do país nos locais em que nossos médicos não querem ir atuar.
Vejam bem, este discurso não condiz com a realidade, nem pode ser levado como verdade absoluta: há sim médicos e outros profissionais de saúde que preferem trabalhar em grandes centros e que não se voluntariam a trabalhar em locais mais inóspitos, mas não são todos!! Existe uma grande parcela de profissionais médicos que deixam de ir trabalhar nestes locais longínquos e carentes de nosso país porque lá não lhes é dado nenhuma infra-estrutura pelo Governo. Porque pra se ter e fazer Saúde é necessário muito mais que o médico!! O médico não é milagreiro, ele não consegue com um simples estalar de dedos fazer jorrar medicamentos, macas, insumos, leitos e equipamentos que salvem uma vida. Ele tem o conhecimento, mas precisa de uma rede de de apoio que inclui tudo isto que relatei e que o governo não providencia!!E quando um paciente morre, principalmente nestes locais distantes, sabe a quem a família vai processar e culpar pela morte de seu ente querido?? O médico e todos os profissionais de saúde,e não o governo!! E ele normalmente é condenado, porque a primeira coisa que a justiça irá cobrar deste médico é: porque você aceitou trabalhar se não haviam condições de prestar toda assistência necessária?? E nesta hora, meus queridos, não adianta se explicar, e dizer que estava trabalhando porque quis fazer boa ação e atender o povo carente ou fazendo filantropia, porque não tem boa intenção que o salve, muito menos o mesmo governo que o condenou ou contratou aparecerá para apoiá-lo.
Contraditório, não é mesmo? O governo que discursa que o médico só quer conforto e trabalhar em cidade grande, não oferece condições dignas de trabalho e o essencial para proteger o seu profissional médico, mesmo nos locais mais inóspitos de nosso país!! Os "escravos cubanos" aceitam estas condições de trabalho, pois entre ser escravo em Cuba ou no Brasil, melhor aqui né?? O Povo aqui é bom, receptivo, o país é agradável, há liberdade, e é um sonho viver no Brasil. Além do que, a amnésia de nosso povo, fará com que logo esqueçamos esta manobra política do governo,por sermos um povo naturalmente sofrido e emotivo, e por isto,repito,logo o povo brasileiro estará comovido e solidário com os colegas cubanos, portugueses, espanhóis, enfim, os médicos estrangeiros, que diga-se de passagem, nada têm de vilões. Os vilões, vestidos de cordeiros e salvadores da Pátria possuem outro nome e outro endereço. Vivem aqui mesmo, são do governo, e estão lá em Brasília.
Pergunte se alguém do governo também quer ir trabalhar na Amazônia ou nos lugares mais difíceis e sem infra-estrutura do nosso país?? Claro que não...médicos cubanos são como pimenta nos olhos e no SUS dos outros: viram refresco!!
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ResponderExcluirSei que existem profissionais e profissionais, e que certamente alguns destes profissionais, não só os médicos, mas também professores, enfermeiros, engenheiros, e outros, não gostam de trabalhar em lugares inóspitos e preferem o conforto da vida urbana! O que eu não concordo é com esta generalização e este extremismo do atual governo, pois quando eles afirmam que os médicos brasileiros não querem ir para o interior do Brasil, soa como se fosse uma verdade absoluta, e não é!! Nada é unanimidade. Existem médicos e pessoas que querem ir trabalhar com as comunidades mais carentes sim, e que se doam ao próximo, e muitos são médicos brasileiros. Mas isto fica mascarado por esta estratégia política do governo, e através da influência da mídia!! O que ocorre de fato mesmo, hoje no Brasil, é a falta de respeito e incentivo com nossos profissionais e com o próprio povo, que na sua ignorância e inocência, acredita em tudo que lê ou escuta, pois não conhece a realidade como ela é! Vivi na Amazônia por três anos, e o que por lá eu vi não foi médico sem querer trabalhar; vi o contrário, médicos e muitos outros dando sua vida e correndo riscos sem o mínimo de infra-estrutura e apoio, só pra atender o nosso povo que só é lembrado pelo governo na época das eleições! Ninguém me contou, eu vi, e por isto não acredito nesta demagogia plantada pelo atual governo.
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